Os mortos-vivos do cinema ganham uma análise em Zumbi: O Livro dos Mortos (LeYa Cult e Barba Negra, 464 págs., R$ 44,90), do jornalista Jamie Russel. Fartamente ilustrado, o trabalho traz uma intensa pesquisa sobre origens e representações desse personagem do terror.
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Reflexos sociais
O trabalho analisa a presença e os significados desse personagem marginal, moderno e ocidental, que personifica o medo da morte, mas que também expressa outros temores e conflitos.
"Nascido em meio a uma grande variedade de tensões culturais - do imperialismo norte-americano aos conflitos raciais no país, dos temores de desemprego na Depressão à paranoia de lavagens cerebrais da Guerra Fria, do ataque aos direitos civis e políticos pós-1960 ao terror corpóreo da era da Aids - o zumbi tornou-se, como veremos, um potente símbolo do apocalipse. É um monstro cuja aparição sempre ameaça desafiar a fé da humanidade num universo ordenado", diz um trecho no livro.
Raízes
Para Russel, parte do descaso com os zumbis deve-se à falta de "herança literária", pois as versões de Drácula descendem do romance de Bram Stocker, e outros tantos Frankensteins possuem parentesco com a obra de Mary Shelley. Já os mortos-vivos são monstros modernos, nascidos no mundo anglo-saxônico, em 1929.
Com lugar garantido na cultura pop, estão presentes em uma extensa lista de filmes e clipes - o mais famoso é Thriller, de Michael Jackson -, como A Morta-Viva (1943), Vampiros de Almas (1956), A Noite dos Mortos-vivos (1968) e Despertar dos Mortos (1978), para citar apenas alguns.
fonte:yahoo

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