sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Michael Jackson: ex-paciente de Murray diz ter sido 'abandonado'

LOS ANGELES — Um ex-paciente de Conrad Murray, o médico de Michael Jackson, disse nesta sexta-feira diante da Suprema Corte de Los Angeles que se sentiu "abandonado" pelo médico quando este se despediu de seus pacientes para atender exclusivamente o cantor.
No quarto dia do julgamento de Conrad Murray, acusado do homicídio culposo do "rei do pop", Robert Russell descreveu o atendimento que recebeu de Murray, cardiologista em Las Vegas, depois de sofrer um ataque do coração em março de 2009.
Disse que estava contente com o médico Murray entre essa data e meados de junho de 2009. "Sente que ele salvou sua vida?", perguntou a promotora Deborah Brasil. "Sim", respondeu Russell.
Mas declarou que tudo mudou quando Murray disse a ele que teria de deixar seu consultório para "se ocupar de um paciente no Reino Unido". Uma consulta com Russell foi cancelada em 15 de junho de 2009 e outra em 22 de junho.


"Eu me senti um pouco frustrado. Era minha vida que estava em jogo, e eu queria saber exatamente como estava. Senti que ele me devia uma resposta", disse Russell diante do tribunal.
Em 25 de junho, dia da morte de Michael Jackson, Russell ligou para o consultório do médico Murray e ameaçou processá-lo caso o médico não respondesse. O paciente recebeu depois disso uma mensagem de Murray - que ligou para ele enquanto estava na casa do cantor na manhã de sua morte - para dizer que seu coração estava "consertado".
"Me pareceu estranho porque ele tinha me dito que depois de um ataque cardíaco, o coração não se recupera". Russell também afirmou que no consultório de Murray, que tinha seu histórico clínico, não lhe deram o contato de nenhum outro cardiologista que pudesse substituir Murray.
"Eu me senti abandonado", disse.
A previsão é que este quarto dia de julgamento continue com o depoimento dos paramédicos enviados à mansão de Michael Jackson.
O artista morreu de uma "grave intoxicação" de propofol, um potente anestésico que ele usava para dormir.
Conrad Murray, acusado de homicídio culposo, enfrenta a possibilidade de ser condenado a até quatro anos de prisão.

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