terça-feira, 8 de novembro de 2011

Entenda o caso Michael Jackson desde a morte do cantor até a condenação de seu médico particular



O cantor Michael Jackson teve uma parada cardíaca no dia 25 de junho de 2009, após receber uma dose altíssima do anestésico Propofol. O serviço de emergência foi acionado, mas, quando chegaram à casa do artista, em Los Angeles, os paramédicos já o encontraram sem vida.

Michael pretendia voltar aos palcos, em julho de 2009, com uma série de 50 shows, em parceria com a empresa AEG Live, na O2 Arena, em Londres - apresentações que ele chegou a adiar por quatro dias.

O corpo do Rei do Pop foi velado no estádio Staples Center, em Los Angeles, com transmissão ao vivo para todo o mundo. Ele demorou quase dois meses e meio para ser enterrado no cemitério Forest Lawn, em Los Angeles.

Em 22 de julho de 2009, agentes federais realizam batida no consultório do doutor Conrad Murray, no Texas. Em 28 de agosto, os legistas consideram o caso de Michael homicício e afirmam que uma “aguda intoxicação” de Propofol foi a causa principal da morte.

Quase um ano após a morte de Michael, foi divulgada a quantia herdada por cada um de seus filhos, R$ 69 milhões, segundo o jornal britânico News of the World. De acordo com o testamento do cantor, Prince, de 13 anos, Paris, de 12, e Blanket, de 8, terão direito a 40% do patrimônio do cantor, que é avaliado totalmente em cerca de R$ 600 milhões.

Em junho de 2010, o pai do cantor, Joe Jackson, afirmou que o médico pessoal do cantor, Conrad Murray, foi imprudente e que estava bebendo em um clube de striptease horas antes de atender Michael, em 25 de junho de 2009.

Em janeiro de 2011, surgem evidências de que Murray ordenou a um assistente que retirasse equipamentos médicos do quarto do cantor antes da chegada dos paramédicos. O médico se declarou inocente da acusação de homicídio involuntário.

Em 27 de setembro, começa o julgamento de Conrad Murray por homicídio culposo. No dia 29, o chefe de segurança do cantor, Faheem Muhammad, disse em depoimento que os filhos de Michael, Paris e Prince, viram o pai morrer e estavam no quarto enquanto Murray, suando e muito nervoso, tentava ressucitar o Rei do Pop.

Em 7 de outubro, durante o depoimento do detetive Scott Smith, da polícia de Los Angeles, foi apresentada uma gravação do médico anterior de Michael, na qual ele falava para Murray que o cantor “ama essa droga”, sobre o remédio Propofol, que o popstar tomava para poder dormir.

Em 26 de outubro, Conrad Murray se nega a testemunhar em sua própria defesa. Ex-pacientes do doutor falaram sobre o quão atencioso e cuidadoso ele foi ao tratá-los. O médico se emocionou com os depoimentos. Ao encerrar seu discurso de acusação, na última semana, o promotor público David Walgren argumentou que o réu havia sido “negligente de forma criminosa”.

Já a defesa alegou que o caso deveria ser julgado pelo conselho médico do estado da Califórnia. “Se a vítima fosse qualquer pessoa que não Michael Jackson, Murray estaria aqui hoje?”, questionou o advogado Ed Chernoff, fechando sua fala para o júri e o juiz.

Após ouvir os dois lados e as 49 testemunhas (incluindo a namorada e pacientes de Murray, antigos funcionários do cantor, médicos e investigadores), o júri, composto de sete homens e cinco mulheres, levou nove horas para chegar ao veredicto.

Na última segunda-feira (7), Conrad Murray foi considerado culpado pelo assassinato involuntário do Rei do Pop. Sua sentença foi de quatro anos de prisão, mas ainda cabe recurso. O veredicto definitivo sairá no próximo dia 29 de novembro. O réu - que ouviu o resultado do julgamento sem demonstrar emoção - já saiu algemado do tribunal e, segundo o juiz, ficará detido até o início de sua pena.

Enquanto familiares do cantor Michael Jackson não conseguiam conter a emoção ao saberem o resultado do julgamento, o réu permanecia impassível. La Toya Jackson, irmã de Michael, chegou a gritar ao ouvir a condenação. Já Katherine, mãe do Rei do Pop, chorou muito, consolada por Jermaine, o irmão mais próximo do astro.

Conrad Murray deve ficar sozinho em uma cela enquanto cumprir sua pena em uma penitenciária da Califórnia (nos EUA). A medida tem por objetivo garantir sua segurança, segundo fontes da polícia de Los Angeles revelaram ao site americano TMZ nesta segunda.

Fonte: R7

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