Folha de São Paulo, 22 de novembro de 1991Por Erika Palomino
O álbum Dangerous, que chega às lojas dia 26, supera o anticlímax instaurado por Black or White
Esqueça tudo o que já foi dito sobre Michael Jackson este ano e compre Dangerous. O disco é bom.
São 14 faixas, de qualidade variável, mas toda bem-produzidas. As melhores músicas são as explicitamente dançantes, concentradas no primeiro disco (é um álbum duplo).
Essas melhores são produzidas e/ou compostas por Michael e Teddy Riley [leia o texto abaixo]. Dangerous é o primeiro disco de Jackson sem Quincy Jones desde 79. Começa com Jam. Batida pesada, bom refrão, o rap de Heavy D que entra na hora certa e um acabamento moderno.
Why You Wanna Trip on Me é funky, idem sobre refrão e batida. A voz de Michael entra vigorosa, constrastando com seus backings, suaves e harmoniosos. In The Closet, também dançante, traz um sensual dueto com uma tal Mystery Girl. Madonna?
She Drives Me Wild começa com um coro de buzinas, salientando uma das características de Dangerous: a existência de sons como vidros quebrando, trovões e carros. Michael canta irado, numa música que tem outro bom refrão e mais um rap.
Remember The Time é mais suingada, a que Teddy Riley firma sua marca. Can't Let Her Get Away recupera a batida forte, mas já é um pouco mais chatinha. Heal The World, já sem o toque de Midas de Riley, fala de um mundo melhor, tem palmas, crianças etc. Poderia estar no disco da Xuxa, bem como Gone Too Soon, que fala de cometas, arco-íris, castelos de aréia e céu estrelado.
Esqueça tudo o que já foi dito sobre Michael Jackson este ano e compre Dangerous. O disco é bom.
São 14 faixas, de qualidade variável, mas toda bem-produzidas. As melhores músicas são as explicitamente dançantes, concentradas no primeiro disco (é um álbum duplo).
Essas melhores são produzidas e/ou compostas por Michael e Teddy Riley [leia o texto abaixo]. Dangerous é o primeiro disco de Jackson sem Quincy Jones desde 79. Começa com Jam. Batida pesada, bom refrão, o rap de Heavy D que entra na hora certa e um acabamento moderno.
Why You Wanna Trip on Me é funky, idem sobre refrão e batida. A voz de Michael entra vigorosa, constrastando com seus backings, suaves e harmoniosos. In The Closet, também dançante, traz um sensual dueto com uma tal Mystery Girl. Madonna?
She Drives Me Wild começa com um coro de buzinas, salientando uma das características de Dangerous: a existência de sons como vidros quebrando, trovões e carros. Michael canta irado, numa música que tem outro bom refrão e mais um rap.
Remember The Time é mais suingada, a que Teddy Riley firma sua marca. Can't Let Her Get Away recupera a batida forte, mas já é um pouco mais chatinha. Heal The World, já sem o toque de Midas de Riley, fala de um mundo melhor, tem palmas, crianças etc. Poderia estar no disco da Xuxa, bem como Gone Too Soon, que fala de cometas, arco-íris, castelos de aréia e céu estrelado.
Black Or White, que entrou direto no 35º lugar da parada Billboard, é o que todo mundo já sabe. O guitarrista Slash, do Guns N' Roses, também aparece na enjoadinha balada Give In To Me. Três canções têm vocação religiosa: Keep The Faith, Will You Be There (que traz um coro, palmas gospel e até uma prece) e Who Is It.
Felizmente o disco não fica nesse rame-rame. Na faixa-título, que encerra o LP, volta à dance, que é o que tira Michael do lodo dos anos 80 e o coloca em seu lugar de direito: no topo.
Saiba quem produziu o LP
O produtor Teddy Riley é o responsável pela embalagem dance de Dangerous. Pouco conhecido do público, Riley criou o "swingbeat", que juntou ritmos do hip hop com soul e R&B. Trabalhou com os rappers Heavy D e Kool Moe Dee e produziu o primeiro LP de Keith Sweat. Foi responsável pelo estouro de Bobby Brown. Chegou a ter seu próprio grupo, o Guy, incluído em Faça a Coisa Certa com My Fantasy.
O produtor Teddy Riley é o responsável pela embalagem dance de Dangerous. Pouco conhecido do público, Riley criou o "swingbeat", que juntou ritmos do hip hop com soul e R&B. Trabalhou com os rappers Heavy D e Kool Moe Dee e produziu o primeiro LP de Keith Sweat. Foi responsável pelo estouro de Bobby Brown. Chegou a ter seu próprio grupo, o Guy, incluído em Faça a Coisa Certa com My Fantasy.
Fonte: Arquivo MJ
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