segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Murray: promotor pede condenação


PROFISSIONAL, para acusação, foi
responsável por deixar filhos sem pai

LOS ANGELES (EFE e AE-AP) - O processo contra o médico Conrad Murray entrou em sua fase definitiva na Corte Superior de Los Angeles onde começou a exposição das alegações finais antes da sentença. O promotor encarregado do julgamento de Murray, acusado do homicídio culposo do cantor Michael Jackson, David Walgren, afirmou ontem, na argumentação final das audiências, que Murray é o responsável pela morte do astro e por deixar os filhos de Michael sem um pai.
Em suas declarações finais, Walgren invocou os filhos do astro, morto aos 50 anos em 25 de junho de 2009, e disse que, para os filhos de Jackson, “este caso ficará aberto para sempre”. Jackson voltaria à cena musical com a turnê “This Is It” em Londres, onde faria 50 shows a partir de julho de 2009 e estava realizando ensaios em Los Angeles quando morreu.

A acusação destacou que as provas e os testemunhos apresentados durante os 22 dias de julgamento, que começou em 27 de setembro, provaram que Murray administrou no artista propofol, o anestésico que causou sua morte. Walgren pediu aos jurados que condenem Murray pelo homicídio culposo (quando não existe a intenção de matar) de Jackson.

A promotoria, que fez a acusação, opera com a teoria de que embora Murray tenha agido corretamente durante o tratamento de Jackson, ele agiu de uma maneira criminosamente negligente ao usar o anestésico propofol como remédio do tratamento da insônia do astro, sem as adequadas equipes e equipamentos médicos na mansão de Jackson. A promotoria também afirmou que Murray mentiu para enfermeiros e outros médicos sobre suas ações.

A defesa do médico, que até o fechamento desta edição não havia realizado sua alegação final, afirmou até agora que Jackson se injetou a dose de propofol que o matou. O principal advogado do médico, Ed Chernoff, deverá argumentar que Michael Jackson foi responsável pela própria morte, quando tomou escondido uma dose fatal do propofol, após Murray deixar o quarto onde o astro estava. Chernoff se apoia em cinco testemunhas, muitas ex-pacientes de Murray, para convencer os jurados de que o médico não foi responsável pela morte de Jackson.

O juiz Michael Pastor deu aos jurados instruções sobre como analisar as provas no caso e lembrou todos os 12 jurados (sete homens e cinco mulheres) de que os argumentos finais da acusação e da defesa não são provas. Se considerado culpado, Murray poderá ser sentenciado a até quatro anos de prisão e perderá a licença médica.

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