Conrad Murray não se conteve quando o seu advogado falou da amizade que o unia a Jackson.

Médico ganhava 110 mil euros por mês para acompanhar o artista.

O médico Conrad Murray, acusado de homicídio por negligência de Michael Jackson, chorou tribunal quando o seu advogado falou da amizade que o unia ao falecido rei da pop. O julgamento de Murray começou na terça-feira e já faz correr muita tinta: o médico pode ser condenado a quatro anos de prisão e a perder a licença médica caso seja considerado culpado. O final do julgamento está marcado para o dia 28 de outubro.
A primeira testemunha a falar no julgamento foi Kenny Ortega, amigo de Jackson e realizador do documentário This Is It . O cineasta disse: "O meu amigo não estava bem... Passava-se algo que me preocupou muito", antes de dizer que o artista lhe parecia doente, apesar de muito entusiasmado com os ensaios para os concertos que ia dar em Londres.
Ortega disse também que no dia 19 de junho (seis dias antes de morrer), Jackson não terá comido nada o dia inteiro. Segundo o site TMZ.com, o realizador descreveu o músico como "incoerente" e explicou também que terá confrontado Murray numa reunião em casa de Jackson no dia 20 de junho.
Ao ser confrontado, Murray ter-se-á irritado porque Ortega não queria deixar Jackson ensaiar. A 23 de junho, o rei da pop estava de volta aos ensaios com energia renovada, o que levou Ortega a desconfiar de consumo de drogas.
Uma das testemunhas que também falará no julgamento é o farmacêutico Tom Lopez, que assegura ter vendido 15 litros de propofol - a substância que terá levado à morte de Jackson - a Murray nos três meses que antecederam a morte do cantor.
Além de ter dito que o médico e Jackson eram amigos e de ter defendido que Jackson provocou a sua própria morte, o advogado de defesa de Murray explicou: "Tudo isto é trágico, mas as provas vão provar que o Dr. Murray não o matou. O Dr. Murray pode ser um homem imperfeito, mas acreditamos que ele não é culpado". Blitz